domingo, 31 de agosto de 2008

palavras do Setembro




fumego ao Leopoldo suspenso sobre o formigueiro armadilhado
e vislumbro
e mirro perante o lamento
viu-o sulcando a eira inalada, sofrendo por ela
novamente a submeto ao silêncio e aos molhos que trago nas mãos
fedo subtil signo
a areia ecoa nas margens ao poder letal
fico alegre com a sofreguidão do sorriso
chamadas
então sobreponho-me à leveza na mutilada orquestra
voando

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

oitenta e 8

(...)Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.(...)



quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Também nós amamos a vida




"Também nós amamos a vida quando podemos
Dançamos entre dois mártires e no meio deles
erguemos um minarete de violetas ou uma palmeira.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Ao bicho- da - seda roubamos um fio para tecer
o nosso céu e estancar este êxodo.
Abrimos a porta do jardim para que o jasmim saia
para a rua
como um dia bonito.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Na morada que escolhemos,
cultivamos plantas vivazes e recolhemos os mortos.
Sopramos na flauta a cor da distância,
desenhamos um relincho no pó do caminho.
E escrevemos os nossos nomes, pedra a pedra.
Tu, ó raio, ilumina a nossa noite, ilumina-a um pouco.
Também nós amamos a vida quando podemos."


Mahmud Darwich, palestiniano - , O Jardim Adormecido e outros poemas

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

entre


então a vontade?
sobre o piano de sonhos e frutas de outono
saborosa essa tua boca...






"Um ceu para um mar
Tambem nos amamos a vida
Uma nuvem na mao
A noite do mocho
Disposicoes poeticas
O viajante disse ao viajante: nao voltaremos como
Sequencias para um outro tempo

Enquanto ele se afasta
Secura
A arte de amar"



sexta-feira, 8 de agosto de 2008




"Lembranças de um tempo bom
que a gente se amava em paz"


terça-feira, 5 de agosto de 2008