
amanhã
jantar
com os meus Lemmings
sabores açorianos...
que mais faltará... eu sei mas não digo...
namoro
muitos ou menos salmos de relva
pela sombra do rio
a fome sopra devagar
quando te disse parabéns, senti
quando a soma das nossas faces deram para afagar a sombra de todos nos
remei por entre a tua saliva demente
por entre o teu corpo
por um suave momento
quando a menina de praia sorriu, não apaguei a visão
cortei tudo, sorvi tudo e tudo comi
à vontade feita saudade imensa eu louvo
à alegria de te ter aqui por mais um milhar eu brindo
pela saudade que me provocas em risos
não falei do sol
talvez não queiras saborear a doce compota feita por ti
também queria estar ai
dizer-te baixinho
este vaso de MERDA... destacou-se pela quê?
Paz...foda-se
um dia destes toda a gente com o mínimo de sensibilidade acústica sonhará querer saber. vou só olhar para aquela praia onde tantas coisas aconteceram. indo, vindo como as ondas que depressa a afagam, e que calmamente sustenta todo o sabor doce de uma vida.
um dia tentei escrever algo mais que três linhas emersas num ambiente próliterario, ao que me foi veemente repreendido, … “escreve antes poesia…consegues sentir muito mais e sonhar muito melhor”…que carinho tão grande Manuel da Fonseca.
tentei amar ao som de blues, tentei matar a areia de forma a rolar sobre ela, de forma a subir por ela a cima sem ninguém chamar.
bebi toda a gente, e não consegui sequer imaginar a brutalidade de sonhos devassos que me pediste…
queria subir por ti…
queria realmente dizer-te coisas…
amanha sustento que vou levar a tua vida comigo, que vou pensar que não sonho sem ti. desculpa mais uma vez amigo, mas esta prosa tomou conta da vontade de lhe dizer coisas como ela quer, ou ela não quer…
acho que queria de outra maneira, acho que eu queria…
não vou ser capaz…
não me apetece sorver a memoria em rodelas de ananás
não tenho aquela vontade de entrar pelos teus olhos daquela maneira,
vou ser capaz de te sonhar, de invocar a febre ou a áurea a toda a hora
já todos aqui estamos, já todos adivinhamos sozinhos quem gostou de…
de mais não…
penso claro, o mais intimo de alcova e o mais brutal do libertino
penso e gosto de pensar…
derivo sempre para aqui, como se dependesse do jogo de olhares os nossos sábados de manhã
como se nos voltássemos a amar minutos mais tarde talvez ao luar da lareira ou embutidos num tinto em solo azul
são antagónicos estes momentos, são vontades ou simplesmente o sol na plena vontade de mais longe te abraçar…
são tantos sons a sorrir, são tantas as vozes a imitar
parece que não sou só eu a saber que…
“o mar também tem estrelas”