
há a musica com linhas e a do Jorge, inevitável surpresa dentro do compasso
há os versos a sede de rimar, e os sonhos e realidades do Palma
contra tudo o que se conhece onde tanta gente canta, o Jorge fala connosco, faz-nos sonhar com palavras
chego a um sitio, sempre com ele na mala, coloco a tocar e sempre aquele toque
aquele piano feito guitarra ou o encostar da sua forma...
sempre aquele sentido ou a fala natural de que sabe ou não se o tempo tem razão...
toda a musica se constroi entre o urbano o arranjo literal, as mãos cruzadas nas teclas e a realidade do amar
toda a noite te senti de mão dada, com sono também, encostada, descansada...
o relembrar voltou ou todo o mal me encurralou naquela noite
afinal senti não ter mão na vida, senti que todos os degraus entoavam de forma a que o teu sonho fosse meu, entre o teu camarote e a fonte
senti-te a todo o momento, fiz do Palma a minha alma...
fiz do acorde simples a sede de te devorar, de te consumir em partículas de sexo
soltem-se as nuvens que as vezes não vemos
voltem de novo os copos pelo corpo frio
que a vida faz a cada instante realizar o sonho...
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