terça-feira, 11 de dezembro de 2007

amarelo a voar


...isto ou a supressão do real
onde as palavras depois de ditas atingem uma forma ou uma lua tão distante
o sonho torna-se na dita ânsia sem nada dizer,
o querer retornar é próprio
só faltou ela, sou ela não se lembrou...
só ela não o fez de propósito, é com esse mesmo encanto que eu lhe louvo
há vozes ou tinta que não gosto
obrigado pelo silencio

vezes sem conta...
tantas que quase me levam a desistir do papel, do teu sorriso
ou do encanto em Junho na tua janela
talvez o jasmim encarnado brote de raiva face isto
só quero que a tua face se encarquilhe e soletre à minha passagem sem mim
que a vontade de te ter some-se a toda a tua beleza

sempre saltei e te vi à face daquela areia branca
quando te voltei a ver, regogitei ante o mais intimo sentir
agora que agonio à fome de cheiro de sopro e de ti
não mais vou falar
vou ficar cego de tudo
vou correr e soltar olhares de prazer



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