e a mão do poeta vai do fim ao tempo, a por ti passa...
quando te segurei entre mim,
ou quando te olhei sem saber que ali ficaria
talvez as maçãs no teu rosto ou fluídez do teu sonho entre mim
faço tudo para isto com o sentir de uma vida dentro da vida,
ao passo de mais um gole de alma e de saliva deliciosa
a vida inteira para te escrever
na areia fina corro para alcançar a vida que me escapa
através das pedras escondidas na minha algibeira.
sinto a destruição premeditada como condição
sinto o paradigma a sofrer e o seu criador não o defende
a neve não me deixa correr
o silencio é sem duvida o melhor
fujo desta linguagem como a tenebrosa laranja sente falta deste aterrador sentimento
ás galinhas e à metamorfose urge a impressão que o fiel provoca
e o fumo mistura-se para mais uma tarde que queríamos para sempre
Alguém um dia me disse que tinha sonhado com um rosto,
tal qual este sonho também a razão ressurgirá aos poucos
só não consigo resistir aos polígonos coloridos com luzes azuis
que me parecem...verdes
aos paradoxos de papel
aos ecos do pato
ao abismal flutuando sobre nós
e ao pequeno almoço psicadélico que odeias
eu escrevo para ti
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